sexta-feira, 23 de outubro de 2015

NAMASTÊ


“O Ser que habita o meu coração saúda o Ser que habita o teu coração”, este é o significado de Namastê, um cumprimento ou saudação falada no sul da Ásia.

Ele é comumente usado na cultura Indiana e Nepalesa, nestas culturas a palavra é dita no inicio de uma comunicação verbal ou escrita.

Namastê é uma palavra que vem do Sânscrito, (língua clássica da Índia antiga), e é comumente conhecida entre as pessoas que não falam hindu, de modo global o termo Namastê é associado especialmente ao yoga e a meditação.

O Namastê pode ser dito com as mãos unidas em frente ao chakra cardíaco (centro de enregia vital que fica situado na altura do nosso coração). Para indicar profundo respeito pode-se colocar as mãos em frente à testa, no caso de reverência a um deus ou santidade coloca-se a mão completamente acima da cabeça.

Este gesto expressa um grande sentimento de respeito, trás a percepção de que todos somos Um, com um olhar de igualdade ao outro.

Namaskar é uma forma ligeiramente mais formal que Namastê, é usado para pessoas idosas, autoridades, enfim pessoas que temos mais respeito. Mas ambas, Namastê e Namaskar, tem o mesmo significado.

Esta palavra que provém do Sânscrito namas: "curvar-se, saudação reverencial", e te: “para ti”, significa, literalmente “curvo-me perante ti”.

No yoga, quando dito ao instrutor, ele significa “sou seu humilde criado”
"O deus que habita no meu coração, saúda o deus que habita no seu coração. Mais radiante do que o Sol. Mais puro que a neve. Mais sutil que o éter. Esse é o Ser, o Espírito dentro do coração de cada um de nós. Esse ser sou eu, esse ser é você. Somos todos nós, está em você, está em tudo." (fonte Sânscritos M.V.)

O grande aprendizado que esta simples palavra, Namastê, trás para o nosso dia a dia é desta consciência de que, indiferente da condição social, hierárquica, cor, sexo, religião, somos em essência todos iguais.

Quando vemos o outro com olhos de amor, humildade, compaixão e igualdade trazemos para a nossa vida mais harmonia, tranquilidade e felicidade.


Namastê  _/\_
Cintia Freitas

PORQUE NÃO CONSEGUIMOS FICAR SÓS


Vivemos em constante movimento.
Trabalhamos, exercitamo-nos e nos envolvemos em atividades diversas, mas sem nos darmos conta do que estamos de fato buscando ou evitando.
Muitas vezes dizemos frases como:
“Não consigo ficar parado”
“Não gosto de estar sozinho”
“Não tenho tempo”

Acabamos vivendo vidas cada vez mais aceleradas, estressadas e mecânicas, onde todo e qualquer horário vago, preenchemos com atividades diversas.
Muitas são às vezes em que estamos sozinhos e nos sentimos deprimidos ou mesmo com aquela sensação de vazio, então estabelecemos novas metas para abafar essa voz interior.
Vivemos assim, sempre correndo e correndo, atrás de novas realizações e projetos.
E quando chegamos à meta proposta, logo estabelecemos uma nova e mais complexa, sem muitas vezes nos darmos o direto de comemorar as conquistas presentes.

Esse ciclo torna-se contínuo em nossas vidas, postergando a felicidade que estabelecemos através de objetivos, conquistas e aquisições.
A vida então passa, “amadurecemos”, tornamo-nos sisudos e indiferentes às simplicidades e belezas ao nosso redor.
Afinal não temos tempo para desfruta-las.
E quem sabe em idade avançada, finalmente percebemos quão equivocados fomos ao estabelecer nossa felicidade e paz interior através de conquistas exclusivamente materiais, metas e atividades contínuas?

O vazio que sentimos em nossas vidas é o aviso da nossa voz interior, indicando que não estamos no caminho que deveríamos trilhar. É o nosso termômetro sinalizando o quanto estamos distantes da verdadeira felicidade.
Quando nos sentimos angustiados, ansiosos e evitamos ficar parados ou sozinhos é porque na verdade não suportamos ouvir a nossa voz interna, que se pronuncia através da quietude.
Nosso Ego, que não é a nossa essência, não deseja que saiamos da sua zona de controle e relaciona todas as nossas experiências através da lógica e crenças passadas.
O vazio, as angústias, as ansiedades e os medos são como “gritos” da nossa alma, nos alertando que algo não esta certo e que precisamos nos conectar com os propósitos maiores do nosso ser.
Durante nossas vidas, são muitos os momentos e pessoas que aparecem para nos despertar à verdadeira realidade, porém logo refutamos as tentativas de “resgate”, com argumentos lógicos e confusos, tornando assim nossos lapsos de consciência, pela perspectiva do Ego, como devaneios e ilusões.
A vida que levamos ausentes de uma consciência mais ampla, vivendo sob o comando do Ego, torna-se superficial e vazia, pois não se pode viver através da casca, sem conhecer o interior que somos em realidade.

Ouçamos os sinais que vem de dentro e para compreendê-los se faz necessário desenvolver o Autoconhecimento, mas não o que se apresenta na certidão de nascimento e sim o nosso verdadeiro EU, ou seja, a nossa verdadeira essência.

Maycon Salazar Reidel

terça-feira, 9 de junho de 2015

A BELEZA DO CORPO


Nosso corpo físico, um instrumento perfeito e completo.
Instrumento nem sempre belo, nem sempre saudável, nem sempre anatômico, mas ainda assim, cada um a seu modo, perfeito.
Instrumento, pois é agente proporcionador da experiência humana.
Instrumento, pois é através das suas sensações, que percebemos, refletimos, experimentamos e nos manifestamos no mundo.
Gratidão ao meu corpo, pois é através desde que aprendo e cresço como indivíduo divino.
Esse corpo me leva, me conduz e registra em si mesmo todas as minhas atitudes e pensamentos.
Esso corpo depois levará a terra, tudo que assimilou e voltando ao pó se reintegrará aas memórias do planeta.
Que dádiva conduzir esse veículo divino pela terra, que limita minhas percepções e experiências ao nível que posso suporta-las.
O meu corpo perfeito tem os acessórios e limitações ideais as minhas capacidades e necessidades.
Carrego o fardo ideal as minhas forças e com ele bem cuidado, posso até viajar para além das minhas fronteiras.
Meu corpo é tão perfeito e moderno que possui “sensores” internos capazes de captar como estão meus amigos a longas distancias, assim como eles também conseguem captar ou intuir como estou.
E como se já não fosse o suficiente, meu corpo de tempos em tempos se “atualiza praticamente sozinho”, abrindo novos pacotes de possibilidades e entendimentos para minhas aventuras na experiência humana.
Gratidão por esse corpo.


Maycon Salazar Reidel